- Vive, que esta vida é a própria morte
E se não tiveres mais que sorte
Longo será o teu viver
A vida é o meu lamento
Tenro e profundo como um lago escuro
Que transborda em sofrimento
Escondendo, ainda mais, o meu futuro
De que vale a terrena paixão?
Se a matéria é casulo da dor
Se a noite entrega-nos à escuridão
E ao medo, impera o pavor
De que vale viver por viver?
Preso a esta couraça que me mastiga
Melhor seria não nascer
Pois a lágrima da noite é inimiga
Ai daquele que busca algo na vida...
Que procura uma existência mais pura
- No raiar da aurora escondida
A noite não sabe se dura
15 de outubro de 2001
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