quarta-feira, 23 de julho de 2008

Lost Paradise

Caminho no charco
O pensamento no céu
Os pés no lamaçal
– Oh, ninfas! –
Venham beber meu sangue
Venham saciar-me a sede

Não vejo nada
– Treva espessa –
E o barulho do vento;
E a escuridão...
Prostro-me sozinho e rezo

Trago lembranças da luz
De fisionomias felizes
D’um ar prazeroso de aspirar
E sinto dor; asfixia

Até quando estarei errante?
Onde foi que me perdi?
Oh, Obreiros do Infinito!

Tudo daria por um momento de paz
Pelo repouso ainda não merecido

O que me falta?


19 de setembro de 2007

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