De que valem tuas palavras pequenas?
De que valem versos escritos?
Se, os versos, não foram vividos
Promessas, promessas; promessas...
Acreditei na tua voz serena
Acreditei na tua voz! Que pena...
Acreditei; como nas peças
E como a atriz – me enganastes
Ludibriastes, meus sentimentos sinceros
Traístes, meus sentimentos mais belos
Antes da catarse final declinastes
Deixastes-me no vazio eterno
Solo; no palco da vida
Em monólogo tímido, meu esmero
Sob a luz da ribalta perdida
E o pano negro, selado
A espreita de um lírico olhar
É ao som da sirene interpelado...
Só me resta representar
16 de maio de 2002
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