Caçoas da minha mocidade
Porém já sei que o amor é divino
E que independe da idade
Chamas-me menino
E eu a trato como a flor
Que no sorriso tão precioso e fino
Emana o delicado perfume do amor
Chamas-me menino
Trazendo no olhar tanta ternura
Que lembro-me da mãe ao nino
Porém, em teus braços, sinto mais quentura
Chamas-me menino
Como se fizesses graça
Mas olhas-me como o felino
Pronto para abocanhar a caça
Chamas-me menino
E teu corpo a me pedir ventura
Ofereço-te, então, um mimo
E queimas como se fosse jura
Chamas-me menino
Ao suplicar que te devore a carne
Tua voz em tom ferino
É um convite a apaixonar-me
E quando suspiras: menino
Em momentos tão sublimes
É toda a satisfação que exprimes
Nos lábios, palavra qualquer
Chamas-me menino
Chamo-te mulher
15 de abril de 2001
Um comentário:
adorei especialmente este...
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