quarta-feira, 23 de julho de 2008

O Menino e a Mulher

Chamas-me menino
Caçoas da minha mocidade
Porém já sei que o amor é divino
E que independe da idade

Chamas-me menino
E eu a trato como a flor
Que no sorriso tão precioso e fino
Emana o delicado perfume do amor

Chamas-me menino
Trazendo no olhar tanta ternura
Que lembro-me da mãe ao nino
Porém, em teus braços, sinto mais quentura

Chamas-me menino
Como se fizesses graça
Mas olhas-me como o felino
Pronto para abocanhar a caça

Chamas-me menino
E teu corpo a me pedir ventura
Ofereço-te, então, um mimo
E queimas como se fosse jura

Chamas-me menino
Ao suplicar que te devore a carne
Tua voz em tom ferino
É um convite a apaixonar-me

E quando suspiras: menino
Em momentos tão sublimes
É toda a satisfação que exprimes
Nos lábios, palavra qualquer
Chamas-me menino
Chamo-te mulher


15 de abril de 2001

Um comentário:

Natalia Vieira disse...

adorei especialmente este...